Qual o significado do
querer e a expressão do poder?
Se você quer eu quero,
é a lógica do comportamento coletivo onde as vontades coletivas ultrapassam a
vontade individual e cegam o mais astuto dos observadores. Se analisarmos pela
lógica da razão muitos acontecimentos perpetuados e arraigados no processo
coletivo de entendimento estaria fora de cogitação.
Onde imaginar pela lógica da razão
determinados resultados nas urnas eleitorais de nosso país? A reflexão e o
desaceleramento do cotidiano de uma campanha nos faz chegar à conclusão de que
longe estamos de uma democracia plena, que infelizmente o nosso regime político
perpassa pelo dominante regime da “DINHEIROCRACIA”, pode mais quem tem mais.
Mais competência?
Honestidade? Perfil político? Histórico de trabalhos para a comunidade,
cidadãos e cidadãs? Formação? Não meus senhores, pode mais quem tem mais
recursos econômicos para comprar o que lhe interessa, ou seja, a vontade do
povo, a dignidade das pessoas.
Agora, perguntamos qual
é o compromisso do político que interfere na escolha do povo, arbitrariamente?
Como pode estar ao alcance de pessoas inescrupulosas uma comunidade,
associação, grupos de pessoas, eleitores como queiramos denominar, qual é o
motivo que leva a população a repetir anos a fios os mesmos erros, ou melhor,
praticar escolhas que definitivamente interferirá no progresso para o bem
coletivo.
Para chegarmos a uma
conclusão mais lógica e apropriada deveremos analisar a situação econômica de
nosso povo, embora se maquie como um problema já resolvido, as necessidades
ainda são imensas no cotidiano das famílias, que vivem com salários que mal dá
para suprir suas necessidades básicas, diante dessa fragilidade das pessoas,
oportunistas se apropriam de promessas e fazem ofertas apetitosas quase que
impossíveis de recusar!
Será a
necessidade imediata de benefícios como: alimentação, passagens, pagamentos de
água, energia elétrica, aluguel, impostos que leva o cidadão a repetir por
inúmeras vezes o mesmo erro? Será que ficamos esperando períodos eleitorais
para acertarmos nossas contas com isso e aquilo? Não conseguimos ver que o
imediatismo é prejudicial à efetivação de uma política consistente da saúde,
educação, habitação, assistência social, infraestrutura, esporte, lazer,
cultura? Onde nos perdemos para
chegarmos à cegueira coletiva na qual nos encontramos?
Qual o caminho para a
mudança nesse tão complicado processo eleitoral? Se ao fazer uma análise mais
profunda constatamos que já no período greco-romano, havia discussões sobre a
“compra de votos”, na Grécia antiga -berço da democracia- Péricles o estratego eleito e reeleito até a
morte para administrar Atenas, sempre que saia a rua era importunado por gritos
“comprador de votos”, pelo o que conta a história a compra de votos é endêmica
desde há muito e com certeza não desaparecerá tão cedo.
Pergunto então, até
quando estaremos à mercê do vilão maior: o grandioso e vil metal precioso,
corrompendo ideologias, ferindo dignidades humanas e acumulando ao longo da
história pequenos e sucessivos grupos de domínio em detrimento ao bem comum e
coletivo? Queremos sempre mais e diante do imediatismo recorrente de nossa
sociedade consumista, nos cegamos para os verdadeiros ideais e verdadeiro
significado da vida, seja ela no individual ou coletivo.
Diante disso
presenciamos ao longo do tempo situações de extrema falsidade consideradas como
verdades absolutas. Negligenciamos muitas das vezes a nós mesmos e como Pedro
negamos nossas verdades três vezes e antes do cantar do galo negligenciaremos e
negaremos novamente, até que o dia termine e na escuridão da noite possamos
vivenciar os nossos medos, desvarios, loucuras e como cegos planejarmos mais
uma etapa de nossas vidas em risos pelo canto da boca. Pois que nos perdemos
nos caminhos e em nossa ignorância confundimos as setas que nos orienta e
indica o bem e o mal.
Pense nisso.
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