quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Dinheirocracia




Qual o significado do querer e a expressão do poder?

Se você quer eu quero, é a lógica do comportamento coletivo onde as vontades coletivas ultrapassam a vontade individual e cegam o mais astuto dos observadores. Se analisarmos pela lógica da razão muitos acontecimentos perpetuados e arraigados no processo coletivo de entendimento estaria fora de cogitação.
 Onde imaginar pela lógica da razão determinados resultados nas urnas eleitorais de nosso país? A reflexão e o desaceleramento do cotidiano de uma campanha nos faz chegar à conclusão de que longe estamos de uma democracia plena, que infelizmente o nosso regime político perpassa pelo dominante regime da “DINHEIROCRACIA”, pode mais quem tem mais.

Mais competência? Honestidade? Perfil político? Histórico de trabalhos para a comunidade, cidadãos e cidadãs? Formação? Não meus senhores, pode mais quem tem mais recursos econômicos para comprar o que lhe interessa, ou seja, a vontade do povo, a dignidade das pessoas.

Agora, perguntamos qual é o compromisso do político que interfere na escolha do povo, arbitrariamente? Como pode estar ao alcance de pessoas inescrupulosas uma comunidade, associação, grupos de pessoas, eleitores como queiramos denominar, qual é o motivo que leva a população a repetir anos a fios os mesmos erros, ou melhor, praticar escolhas que definitivamente interferirá no progresso para o bem coletivo.
Para chegarmos a uma conclusão mais lógica e apropriada deveremos analisar a situação econômica de nosso povo, embora se maquie como um problema já resolvido, as necessidades ainda são imensas no cotidiano das famílias, que vivem com salários que mal dá para suprir suas necessidades básicas, diante dessa fragilidade das pessoas, oportunistas se apropriam de promessas e fazem ofertas apetitosas quase que impossíveis de recusar!

  Será a necessidade imediata de benefícios como: alimentação, passagens, pagamentos de água, energia elétrica, aluguel, impostos que leva o cidadão a repetir por inúmeras vezes o mesmo erro? Será que ficamos esperando períodos eleitorais para acertarmos nossas contas com isso e aquilo? Não conseguimos ver que o imediatismo é prejudicial à efetivação de uma política consistente da saúde, educação, habitação, assistência social, infraestrutura, esporte, lazer, cultura?  Onde nos perdemos para chegarmos à cegueira coletiva na qual nos encontramos?

Qual o caminho para a mudança nesse tão complicado processo eleitoral? Se ao fazer uma análise mais profunda constatamos que já no período greco-romano, havia discussões sobre a “compra de votos”, na Grécia antiga -berço da democracia-  Péricles o estratego eleito e reeleito até a morte para administrar Atenas, sempre que saia a rua era importunado por gritos “comprador de votos”, pelo o que conta a história a compra de votos é endêmica desde há muito e com certeza não desaparecerá tão cedo.

Pergunto então, até quando estaremos à mercê do vilão maior: o grandioso e vil metal precioso, corrompendo ideologias, ferindo dignidades humanas e acumulando ao longo da história pequenos e sucessivos grupos de domínio em detrimento ao bem comum e coletivo? Queremos sempre mais e diante do imediatismo recorrente de nossa sociedade consumista, nos cegamos para os verdadeiros ideais e verdadeiro significado da vida, seja ela no individual ou coletivo.

Diante disso presenciamos ao longo do tempo situações de extrema falsidade consideradas como verdades absolutas. Negligenciamos muitas das vezes a nós mesmos e como Pedro negamos nossas verdades três vezes e antes do cantar do galo negligenciaremos e negaremos novamente, até que o dia termine e na escuridão da noite possamos vivenciar os nossos medos, desvarios, loucuras e como cegos planejarmos mais uma etapa de nossas vidas em risos pelo canto da boca. Pois que nos perdemos nos caminhos e em nossa ignorância confundimos as setas que nos orienta e indica o bem e o mal.
Pense nisso.

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