domingo, 17 de julho de 2016

Fragmentos meus






Hoje acordei em êxtase, se fosse me descrever diria que outra nasce dentro de mim. Mas acontece que isso é pobre, é um sentimento indefinível, aquele que você sente, mas não sabe o conteúdo e fica suspirando a procura do significado.

Parece que a somatória de coisas e pessoas que passaram em nossa vida se acumula e conseguimos em um determinado momento extrairmos as essências do que nos faz bem.

Acontece que de repente as portas do invisível se abrem e juntamos com o nosso inconsciente, para deleite do consciente, que projeta ao nosso cérebro as verdades das experiências vividas ate agora!

O engraçado é que tudo estava exatamente no mesmo lugar, que agora está! Mas é preciso viver os pedaços de cada um para lá na frente se transformar em único. Falo de nosso ser! Estranho que tenhamos tantas coisas arquivadas, prontas para desabrochar e as escondemos bem arrumadinhas, de nós mesmos.

A sensação que tenho por ora é de que outras experiências virão, e que continuarei a esconder o conhecimento intrínseco até o momento em que em outro êxtase, desabroche para mais uma das minhas verdades guardadas a sete chaves!

Eu pergunto: quantas vezes se repetirá tal sensação? O que diria os teóricos da mente, do conhecimento cognitivo? São acúmulos de experiências diriam uns, os sobrenaturais diriam que são recordações de vidas passadas que vêm à tona no momento exato.

E eu direi simplesmente: sou EU desabrochando pra vida, em momento de plenitude temporária do meu EU absoluto e triunfante nesse turbilhão de informações que a vida nos oferece. Permaneço em paz, pois HOJE sei quem SOU. 

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