quarta-feira, 11 de abril de 2012

O que nos consome?



É grande a nossa confusão na entrada do século XXI.  Fala-se em tantas coisas, tantos direitos, igualdades, lutas sindicais, inclusão escolar, mercado de trabalho e parece que as coisas mais importantes se perdem nos recantos de nosso cérebro, como nossos aspectos emocionais e afetivos. Pois que estamos dedicando grande parte de nossa vida focados num único objetivo: “ter”. O consumismo está tão impregnado em nós que é fácil observamos os transeuntes em grandes centros e em hora de pico, levando o grande conflito gerado pela impotência de acompanhar os apelos consumistas comandados pelo sistema capitalista no qual estamos inseridos.

Os apelos das propagandas são tantos, seja, de forma visual ou sonora, que sem exagero podemos dizer que somos escravos do sistema. O consumismo tem pautado nossa vida ao mesmo tempo em que nos classifica dentro de um limite possível de consumo. São as divisórias que determinam a que classe pertencemos: se a uma minoria que é privilegiada, pois são detentores dos recursos econômicos; se a uma classe mediana que realiza todo o trabalho técnico e burocrático; ou a uma grande maioria que se atropela para suprir as suas necessidades básicas e que consome para provar que também pode fazer parte desse mundo utópico do supérfluo e do maravilhoso, fazendo para isso todo o trabalho braçal, que gera o salário da mediana e os privilégios da minoria.

Uma das finalidades do consumismo é gerar tensão entre as classes, ou seja, a pobre deseja ser média e a média almeja ser a rica. Os conflitos e a forma desesperada de conseguir se igualar a classe imediata tem nos cegado a ponto de esquecermos que a vida é curta, e que a maior riqueza que possuímos são as pessoas próximas e o nosso tempo quando bem aproveitado. A nossa reflexão perpassa pelas nossas reais necessidades, o que realmente precisamos para se ter uma qualidade de vida favorável para bom desenvolvimento nosso enquanto pessoa e cidadão? 

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