quarta-feira, 11 de abril de 2012

Porque paralisar?




Nos dias 14, 15, 16 estará acontecendo a paralisação nacionalda educação. Todas as escolas públicas irão paralisar as atividades para reivindicar a implantação integral da lei do PISO (11738/2008), o plano de cargos e carreirados profissionais da educação e a destinação de dez por cento do PIB para o PNE(Plano Nacional da Educação).

O PLANO NACIONAL DA EDUCAÇÃO é um projeto que contem 20 metas para a melhoria da educação pública para ser cumpridos pelos governantes nos próximos 10 anos, de 2012 a 2021. Esses dados e a chamada para todos os trabalhadores das escolas públicas, é o que o SIMTED-Sindicato dos Trabalhadores em Educação estão enviando para todas as escolas e divulgando na imprensa local. Na verdade essas reivindicações já vêm acontecendo desde há muito tempo, pois que a cada dia que passa o professor sofre com a desvalorização do salário e em consequência, a própria desvalorização profissional. O que se percebe é uma classe de profissionais que luta a duras penas com jornadas de trabalho exaustivas e que contribui para muita das vezesrecorrer a atestados médicos, devido a essas horas de empenhopara aplicar uma aula de qualidade, que ultrapassa a carga horária estipulada em seu contrato de trabalho e em consequência acarreta problemas de saúde.

O que se propõe com a paralisação é chamar a atenção da sociedade, das vantagens que terão com a valorização dos educadores, se ganha em qualidade de ensino, diretamente as crianças dos CEIMs,(Centro de Educação Infantil), alunos e alunas das escolas públicas, nesses dias portanto a luta é de todos por uma qualidade na educação pública.

O que não conseguimos entender é a falta de vontade política dos governantes, em se fazer cumprir a lei, em dar crédito para profissionais que muito contribui para a transformação de uma nação, pois como diz Paulo Freire “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”.Os gestores, esses que deveriam garantir os direitos dos cidadãos, e primar pela qualidade de todas as ações e responsabilidades do Estado, parecem que fecham olhos e ouvidos, num deixa para lá, contínuo e irritante que fere a autoestima daquele que tem brios e luta, por sua vez, como cidadão brasileiro que não desiste nunca. É chegada a hora de levantar a voz, de conscientizar nossos jovens e adolescentes, que se o caminho da mudança está longe e às vezes fica deserto, se faz necessário e’ urgente!

Em uma carta aos pais a FETEMS- Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul diz que “nossa luta é também a de todos que reconhecem nos profissionais em educação pessoas importantes e decisivas para a formação de nossas crianças e adolescentes. Para que eles se tornem cidadãos mais éticos, justos e comprometidos com as causas sociais”.

É preciso que se faça um comparativo salarial com as demais profissões para ter noção da perda salarial dos professores no decorrer de longos anos. Não é tão simples assim, apenas uma paralisação, é uma reivindicação justa, digna e legal,o PISO É LEI, A GREVE É LEGAL.
Pense nisso.

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