quarta-feira, 27 de junho de 2012

UM PAÍS DE TODOS E DE POUCOS





Nós brasileiros somos movidos a siglas, (sopas de letrinhas), para determinar diversos, programas, projetos e serviços que juntos formam leis, regulamentam-nas, executam ações de benefícios sociais, criam impostos para todos os produtos, desde a cesta básica de alimentação até altas negociações empresariais, bancárias, essa última, diga-se de passagem, é campeã na questão: juros, sendo, segundo alguns entendidos da economia o “agiota regulamentado”.

 Enriquecem uns e outros ficam a mercê da própria sorte, dão um duro danado para sobreviver e fazem, sem perceber o mesmo trabalho escravo da época da nefasta escravidão, pois que na labuta diária mal sobra tempo para ouvir seu filho adolescente, para olhá-lo com atenção, para um chamego mais tête-à-tête com a mulher ou a mulher com o marido, a correria é tanta que para sobreviver, diante das necessidades apresentadas de uma sociedade por demais consumista, acabamos nos estressando, ficamos chatos e doentes, por fim acabamos muitas das vezes gastando o que ganhamos, com saúde.

 Façamos uma análise, o sujeito da dita classe média trabalha pra quê? Levanta cedo, muito cedo, aliás, se quiser obter uma boa renda, digo uma renda que lhe possibilite colocar seu filho em uma boa escola, ter um bom carro, uma vida social mais ou menos e conseguir fazer a compra do mês no mercado sem entrar no “vermelho”, caindo dessa forma nas garras daquele agiota regulamentado, viajar? Nem pensar, só com muito esforço de toda a família na economia, para que tal ocorra, de ir no máximo a uma prainha no interior do Paraná...

E a outra classe, a pobre, aquela que depende de benefícios sociais, benefícios esses oriundos dos cofres públicos que por sua vez nos enche de impostos dos mais altos do mundo, para suprir as necessidades básicas desse cidadão, já tão prejudicado e sujeito a “doações”, passando por humilhações, em época de eleições, com o pedinte de votos dizendo fazer-lhe um grande favor! Da onde? Que favor? E os direitos do cidadão de usufruir o que lhe compete? E o nosso vasto e gigante Brasil que enfrenta crises como sendo "marola” segundo o ex-presidente, e 3oo% de vantagens dos outros países, segundo a presidenta? E para onde vão verbas gigantescas dos programas sociais, que deveria suprir as necessidades das famílias em situação de vulnerabilidades social?

 Ainda hoje vimos no jornal, esse para qual escrevo, uma matéria de uma mãe com o rosto coberto, aos prantos, pela impossibilidade de sustentar seus cinco filhos, menos um que se suicidou devido à miséria (com apenas 14 anos), o marido, preso por furto em busca de alimento, e ainda falamos em solidariedade? E os benefícios que  deveriam suprir as necessidades dessa cidadã, são considerados no termo solidariedade? Onde estamos em qual século? Diga-me, por favor, pois que ao fazermos uma conjuntura, uma análise de como tudo começou nos perdemos em conceitos como: vaidade, ganancia, poder, ambição e para camuflar tudo isso criamos projetos, programas e serviços e uma infinidade de siglas para definir pra onde está indo as verbas das outras siglas, ou seja, os impostos, são tantos, e nos perdemos em decifrá-los: IPVA,IPTU,ICMS, etc... É um tira daqui e põe ali, virando uma enrolação total, no meio do caminho desse tira e bota muitas coisas se perdem e nos perdemos de vez em outro assunto que ficará para a próxima, a corrupção.

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