segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O que aprendi na Bahia


Quando eu cheguei à Bahia de Todos os Santos, já no aeroporto colocaram-me uma fitinha rosa do Senhor do Bonfim. Deixei que colocassem, senti que assim deveria ser, era a marca de uma nova etapa de vida, que eu ainda não assimilava direito.

Ficamos lá eu e meu marido ( Davi Roballo) por oito dias, sentia no coração uma certa ansiedade pelo que estava por vir. Iria gostar, me entrosar com pessoas que não conhecia? Pois que a nossa ida para Salvador se dera por ocasião de um evento no qual  o Davi teve participação na Coletânea Elos Literários V.

Acontece que meu coração estava se preparando para o novo e eu me sentia uma adolescente vivenciando novas experiências e meio que confusa não sabia direito o que fazer, se me retrair e me esconder em concha ou me abrir e deixar rolar, por fim deixei rolar!

Em Salvador conheci pessoas que como eu estavam a procura de algo mais nessa vida, pois já tinham cumprido suas obrigações de pais, mães, trabalhadores e enfim, gente normal, experientes, vividas e calejadas pela vida, contudo com o coração transbordando de energia, olhos brilhantes, sorrisos fáceis e uma coletânea preparada pela vida, pronta para explodir!

Foi em Salvador que aprendi com meus novos amigos oriundos de todas as partes do Brasil, a força que carregamos, não importa a idade, o físico, o que importa é a vontade de viver sem medo de se expor, sem medo do ridículo pelo qual às vezes passamos, ao nos emocionar e cair lágrimas abundantes pela face.

No novo grupo de amigos senti o aconchego de todos que como eu não trazem na alma prejulgamento, que falam de poesia em vez de política, corrupção e coisa assim, senti pessoas que amam sem peias, sem vergonha de dizer o que sentem, senti que poderia deixar acontecer e que essa fase madura pela qual estou passando pode ser sim excelente, vivida e com muito mais sabor, pois que nosso paladar já experienciou todos os gostos e pode e sabe escolher o melhor sabor. Viva a amizade, viva as novas perspectivas, viva a vida!

Um comentário:

Perolapoema disse...

Maravilhoso relato nesta crônica. Parabéns!