Estamos em pleno ano
eleitoral, período em que se organizam as grandes campanhas, com reservas de “custo
para as mesmas”, oriundas de onde não se sabe, pois todos os partidos juram
honestidade eterna e compromisso com o cidadão.
Esses recursos de
campanhas eleitorais servem principalmente para garantir os votos de cabresto,
ou seja, os comprados, forçados ou incutidos na mente do cidadão mais
desavisado, que ele deve isso a determinado político, pois o dito cujo lhe
“doou” uma receita médica, uma cesta básica sem critério social, lhe encaminhou
para algum serviço público, deixando bem claro como essa atitude demonstra a
sua “preocupação” com a vida do cidadão.
Vale ressaltar os cartões de felicitações de
aniversário, natal e dias corporativos das classes trabalhadoras, sem contar
também com a pressão sofrida do empregado pelo empregador, seja ele do setor
privado como do público, de forma que, na preocupação de manter o seu “cargo”,
toma decisões que violam o seu direito e o pleno exercício de sua cidadania.
Mas não podemos nos condenar por muitas vezes cairmos no conto do vigário, pois,
tudo isso é bem pensado e articulado pelos assessores muito bem pagos (com
dinheiro público), de como atingir melhor o eleitor! Dai acontece de sermos
enganados, ludibriados e manipulados da forma mais perversa existente: o
controle de sua vontade que acaba cerceando a sua liberdade, o bem mais
precioso do ser humano.
Em outubro, mais de 135
milhões de brasileiros aptos a votar irão para as urnas, opinar no futuro de
seus municípios ao exercer sua cidadania para manutenção do estado democrático
em que vivemos, onde todos cidadãos possuem direitos iguais de participar das
decisões coletivas, portanto é o melhor momento de dizermos que não precisamos
de políticos que abraçam criancinhas em público mostrando sorriso de quem ama
os pequeninos, nem dos que posam para fotos abraçados com trabalhadores, idosos
e muito menos daqueles que mostram o que não são. Precisamos de políticos
sérios e competentes que analisem os problemas sociais com seriedade e pensem
em uma solução plausível em conjunto com a sociedade.
Será que algum político
pensa realmente em solucionar os problemas da saúde publica, por exemplo? Ou
melhor, será que eles conhecem os mecanismos mais profundos de atendimento na
saúde pública? Será que já a utilizaram? Cidadãos que tem condições de pagar um
plano de saúde privado não utilizam o Sistema Único de Saúde. Mas e os que não
compartilham desse privilégio? Pensam com seriedade no assunto?
É pauta de campanha
eleitoral? As propostas são sempre vagas e nunca efetivadas. Até quando? A
sociedade como um todo é extremamente responsável no quesito de mobilizar, de
mudar, de fazer com que realmente se cumpra as leis de controle social, fiscal.
Nós não nos habituamos a conferir as prestações de contas do investimento
econômico para o desenvolvimento das políticas públicas de nosso país, que
abrange o estado, o município. Por falar em controle social, percebo certo
marasmo e torpor relacionados ao trabalho dos conselhos (em todos os âmbitos e
em todas as esferas), parecem amordaçados e imobilizados por forças
desconhecidas.
Diante do importante
ano eleitoral que vivenciaremos, é preciso que tenhamos o discernimento e a
esperteza (a mesma com a qual somos tratados pelos candidatos), na escolha de
nossos representantes, procurar analisar com calma e sem emoção partidária ou
de cunho pessoal e/ou social, para que possamos ser cúmplices de uma ação
transformadora no exercício de cidadania consciente, onde o voto de cabresto
possa passar pelos anais da história como um período nefasto de manipulação das
fraquezas e carências humanas onde o individuo é usado ao bel prazer de uma
classe dominante sem escrúpulos e com um poder até digamos sobrenatural de
aproveitar de momentos difíceis de um povo, simplesmente para sentir na alma o
perverso gosto do poder e sarcasmo que tem a enganação. Portanto é necessário
urgentemente tirarmos as vendas de nossos olhos, precisamos urgentemente treinar
nossos ouvidos e olhos, enfim todos os nossos sentidos contra os políticos
utilitaristas e manipuladores que querem acima de qualquer coisa tirar vantagem
em tudo.
Pense nisso.
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