“Educar
é desenvolver potencialidades humanas”, essa é a palavra chave de todos os
cursos, formações que os educadores fazem. Outra máxima é a seguinte: “Inteligência é a
capacidade que todo ser humano tem de aprender”. Todavia para que isso ocorra
se faz necessária a vontade de mudança de todos os envolvidos na educação. Não
adianta condenar a família, como fazem muita das vezes os educadores, da mesma
forma a família condena a escola e de contra partida os gestores educacionais.
Na
verdade não podemos condenar e nem atirar a primeira pedra, a falha não é
individual e sim coletiva, há de se considerarem vários fatores, sendo um deles
o ensino superior, principalmente o que forma educadores, educadores esses que
formarão todos os demais profissionais!
Outro
fator considerável é a análise do educando como ser humano integral, se faz
necessário um olhar mais profundo para a criança e o adolescente, pensar nas
diversas possibilidades de aprendizagem, levar em conta toda a disposição para
que a mesma ocorra, ou seja, o meio em que está inserido, a cultura, toda a
bagagem que o aluno traz de conhecimento, levar em consideração, da mesma
forma, os mecanismos de defesa utilizado pela criança, na inserção desse novo mundo,
cheio de novidades. Ocorre que muitas
das vezes, o lugar que deveria ser de acolhida se torna decepcionante para a
criança, que se retrai e se sente como “um peixe fora d’água”.
Ressaltamos
que o espaço escolar deveria ser de trocas de conhecimento, com ninguém dotado
do saber absoluto e sim um crescer constante na construção de um caminho onde
todos têm o mesmo direito de expressão.
Tanto na escola pública quanto na privada, existem
observações de todos os sentidos e sempre se tenta ações paliativas e
fragmentadas. Para que uma
entidade educacional obtenha o sucesso esperado precisa seguir um longo
percurso, é necessária a preparação de toda a comunidade escolar, entenda-se: o
espaço onde está inserida, o corpo docente, a gestão, o administrativo, enfim,
o profissional da educação interagindo, em harmonia do saber pedagógico,
mantendo a unidade no fazer, com “objetividade, planejamento escolar,
equilíbrio emocional e rigorosidade metódica”.
Tendo em vista que a escola é a síntese da
sociedade, não podemos deixar de ouvir todos os interessados, principalmente os
estudantes. Desta forma obrigatoriamente a escola necessita caminhar para a colaboração
profissional, sendo um trabalho de todos para todos. Voltamos, portanto ao
fator unidade, primordial para o entendimento e o “fazer” educação.
Para que obtenhamos a escola desejada, é preciso
que governantes tomem ciência de que uma nação só se torna independente e
livre, se o seu povo também o ser. Liberdade e independência se conseguem, e
não vejo outra saída, através da EDUCAÇÃO.
Precisamos acima de tudo termos consciência de que
lidamos com seres humanos e não máquinas, que uma vez “danificados” não o
consertaremos trocando as peças danificadas.
Portanto, vale à pena refletirmos que escola temos?
Que escola queremos? Qual é o nosso papel nesse contexto? Acrescento ainda que a transformação da sociedade
perpassa pelo ambiente escolar, onde nossas crianças passam a maior parte do
seu tempo, tempo esse da melhor fase para aquisição de conhecimento,
sedimentação de valores e prática de uma cidadania, que se constrói de forma
saudável, livre, crítica, ou a destrói da forma mais cruel que possa existir: a
subjugação do ser humano, a eliminação da sua criatividade e autonomia,
transformando-os em robôs ou cabeças de gado que caminham para o curral e
esperam um peão para domá-los.
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