quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dezenove é melhor que doze?



Se você pensar na vida com profundidade irá aparecer muitas coisas que você não percebeu. Por exemplo: quem te ensinou o preconceito? Quem te ensinou o respeito? Quem te ensinou a falar? Quem te ensinou que o branco é o branco, que o amarelo é o amarelo, que o verde é o verde? Que time você torce? Foi você quem escolheu? Percebes? Existe algo que interfere em nosso comportamento e não nos damos conta. Sempre foi assim e sempre será, se deixarmos, se não nos conectarmos conosco mesmo para tentar salvar o que resta de nossa vontade própria.

Analisamos como dizem vários teóricos, que somos frutos do meio que convivemos. Eu digo que a vida nos apresenta um grande banquete em uma vasta mesa, com iguarias diversas, cada qual irá escolher o que mais apetece. Será? Desde a escolha existe a interferência externa. Desta forma o que vivenciamos e o que nos resta, o que nos conduziu ao longo do tempo, foi a superação dos mais forte e audazes, ambiciosos e maldosos, frios em seu agir e não pensam em outra coisa a não ser em como vencer sobre outros e levar a vantagem. Portando, vivemos na era de Gerson, leve vantagem você também, certo?

Estamos entrando em mais um “me leva que eu vou”, na reunião de segunda passada, na câmara de vereadores, foi aprovada a Lei que institui 19 legisladores para a nossa cidade. Tudo bem, a Lei permite. Mas pergunto: o que vão fazer mais 7 vereadores em nosso município? O que fazem os que já ai está? Outro dia li um artigo de um vereador, onde ele questionava o aumento da categoria na casa de leis, onde dizia que: “observamos que é visível a indignação da população no que diz respeito ao aumento das atuais cadeiras no parlamento municipal. O principal argumento é o não reconhecimento da importância da ação parlamentar em defesa da população e da resolução dos problemas da cidade.”

Recentemente passamos por uma experiência que nos leva a refletir sobre a ação dos parlamentares, que por sua vez nos leva a crer que não é a quantidade de vereadores que fará a diferença e sim a sua qualidade. Pelo que me consta existe algumas falhas na Lei aprovada pela câmara, mas o curioso é que a urgência e o interesse dos membros não condizem com a necessidade do proposto. E a coisa vai ficar por isso mesmo.

De aonde vem toda essa passividade brasileira? De onde vem toda essa impotência de não reagir enquanto usurpam-nos direitos e benefícios de cidadãos em plena luz do dia? Quem foi que nos ensinou a passividade e a confundir aceitação com resignação? Se formos avaliar seriamente veremos que continuamos a viver como se colonizados fossemos, mesmo não sendo. É preciso reagir diante de tanta safadeza e hipocrisia que infestam esse país, no entanto fica a pergunta: como? se há séculos vivemos mergulhados numa letargia social.

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